Back From Malta... Short Report Version...
Back From Malta... Short Report Version...
Caros Amigos,
Agora que arrumei a casa, já tenho uns minutos para contar a experiência de Malta.
Gostei imenso e recomendo.
É tipicamente um país para mergulhadores, onde estes se sentem em "casa".
As imersões são essencialmente em saídas de costa, ao estilo "drive & dive", com naufrágios de todos os tamanhos, tipos e profundidades, passando por carregueiros, embarcações militares, submarinos e aviões, uns que afundaram em acidentes e outros foram afundados como recifes artificiais.
À extensa lista de naufrágios, somam-se fundos bem interessantes e uma fauna que ainda depauperada nas quantidades e dimensões, é omnipresente e muito interessante.
Visibilidades de mais de 30 ou até mesmo 40 metros, compõem o ramalhete.
Apanhei água a 15º, mas todos me afirmaram que este é também um ano atípico em Malta... Deduzo que no Verão seja bem melhor.
Para as incursões em terra e dessaturação do azoto, Malta, composta por duas pequenas ilhas e um grande rochedo, respectivamente Malta, Gozo e Comino, é bem interessante.
Com uma história milenar, talhada pelos múltiplos povos que viveram ao longo dos últimos 5 mil anos nas margens do mediterrâneo, são visíveis e visitáveis vestígios arqueológicos desde tempos imemoriais até à história recente, caso dos vestígios da 2ª Grande Guerra Mundial.
A nível de paisagem natural, justifica-se também a visita, já que belas enseadas, praias e formações geológicas são uma constante a cada quilómetro de costa.
Existem 53 centros de mergulho na ilha, todos "english speaking", mas bastante poliglotas, com elementos do staff que se orientam também em vários idiomas latinos, incluindo um breve "arranhar" de Português.
A maioria dos centros não dispõe de embarcação, nem precisa. Têm carrinha, pickups e vans que levam os mergulhadores a qualquer parte da ilha de Malta ou usando o ferry, da ilha de Gozo, sendo comino a única para a qual é verdadeiramente necessário embarcação...
Existem ainda assim muitas imersões fora do alcance de uns segundos de natação a partir da costa, mas levaríamos semanas a conhecer todas as imersões de costa antes de sentirmos real necessidade de nos metermos num barco e descobrir novos spots.
O serviço no entanto existe e está disponível a quem quiser andar de barco...
Aliás as estradas de Malta foram construídas pelos mesmos engenheiros que fizeram as nossas estradas na década de 60, 70 e 80 do século XX... São muito irregulares, esburacadas e curvilíneas... Pelo que ninguém vai sentir saudades de 10 a 15 minutos de semi-rígido cavalgando as ondas, já que nas carrinhas e pickups a sensação a seco é a mesma... E até se leva, se o mergulhador desejar, o fato vestido!
As noites Maltesas são muito interessantes, com os bares "ingleses" porta sim, porta não, boa comida com influências óbvias de Itália e Árabes, mas com receitas para todos os gostos, a preços muito justos e doses brutais.
Para o fim da noite, "gentleman's bar's", "strip houses" e "very fine girls" estão disponíveis nas "portas não" dos bares ingleses...
E é uma simpática indústria nacional, já que até vêm estas casas simpáticas anunciadas nas revistas "on-board" da simpática companhia aérea do país, a Air Malta.
Mas que fui eu fazer a Malta nesta altura do ano?
Não fui certamente ver as "show girls", embora os meus olhos não pudessem deixar de reparar na beleza exótica das Maltesas e obviamente também na beleza de outras beldades estrangeiras.
Tive a oportunidade de ir a um evento organizado pela conceituada marca Sueca, Poseidon, onde pude conhecer mais profundamente os seus produtos, pesquisa e desenvolvimento e pessoas por trás da marca. Tive ainda a oportunidade de conviver e mergulhar com nomes internacionais de que falarei adiante.
Mas sobretudo, tive oportunidade de usar, mais que experimentar, pois foram imersões reais e com tempos prolongados, os mais recentes desenvolvimentos em fatos secos da marca, barbatanas e a cereja no topo do bolo, o excepcional e à "prova de nabos", pois eu sou prova disso mesmo, closed circuit rebreather Discovery MK VI - Cis Lunar!
A somar à experiência subaquática, conheci e convivi com personalidades, algumas polémicas, como John Bantin ou Jack Ingle, sendo este último o instrutor que me pôs a mergulhar com o MK VI em 5 minutos!
Só para terem uma ideia de quem são, John Bantin é talvez o mergulhador jornalista e fotógrafo subaquático com mais artigos de teste a equipamentos escritos, muitos deles polémicos, como o aconselhar mergulhadores de rebreather a mergulharem sem garrafas de bailout... Explicou-me o porquê e é uma opinião fundamentada como qualquer outra. Jornalista da DIVER inglesa, é uma referência mundial, um tipo simpático, very british e sobretudo sempre com tiradas humuristas hilariantes.
Já Jack Ingle, é um instrutor de mergulho técnico de renome mundial, organizador de expedições a locais que nos despertam a curiosidade e a adrenalina. Também um tipo extremamente simpático e profundo conhecedor de todos ou quase todos os rebreathers do mercado e até "artesanais" ou caseiros.
Enfim... Uma semana memorável!
Em breve haverá um extenso report sobre toda a experiência, mergulhos e sensações possivelmente sob a forma de artigos nas revistas da especialidade... Mas para já por aqui me fico.
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B.A.L.A. PERDIDA
